Visconde de Mauá é um distrito de Resende, no Rio de Janeiro. A região possui três cidades principais (uma bem perto da outra): Visconde (a mais conhecida – mas não a mais movimentada); Maringá e Maromba.
Por lá, são muitas as opções de passeios: diversas cachoeiras, poções, e muita natureza encantam os turistas o ano inteiro. Confira o que fazer em Visconde de Mauá com um roteiro de 2 dias.
Como chegar em Visconde de Mauá
A região fica a 3h30 de carro de São Paulo e a 3h do Rio de Janeiro. É possível chegar lá tanto de carro como de ônibus, com o percurso feito pela rodovia Nova Dutra, no km 311, ponto que é bem perto das fronteiras entre o Rio de Janeiro e São Paulo.
No percurso, existem algumas estradas de terra, principalmente nos caminhos para os passeios, mas todas de fácil acesso tanto de carro como de 4×4.
Onde ficar em Visconde de Mauá
Vale a pena se hospedar em uma das pousadas que beiram o rio próximo a Maringá (uma cidadezinha mais movimentada, meio-caminho para todas as principais cachoeiras) ou Maromba (para quem curte um clima mais hippie). Isso, porque os principais passeios são nessas cidades, e não exatamente em Visconde de Mauá.
Dentre as melhores pousadas da região está a Pousada Tijupá, um lugar super charmoso e aconchegante, com riachos cristalinos e uma piscina natural.
Outra pousada ótima da região é a Terra Verde Mauá, que oferece bicicletas gratuitas para seus hóspedes e fica a cerca de 13 km da Cachoeira do Escorrega.
Na região de Visconde de Mauá, vale a pena checar também a Maua Brasil Hotelaria, que é um pouco mais sofisticada, mas uma ótima opção para quem busca por conforto.
2 dias em Visconde de Mauá:
1º dia: o que fazer por lá
Subida na Pedra Selada
Aos apaixonados por aventura, aconselhamos começar a viagem com a subida ao pico da Pedra Selada, a 2.755 metros de altitude, com vista para o Vale do Paraíba e do Rio Preto. São 2h de subida íngreme, mas com pausas em duas cachoeiras para dar aquela quebrada no cansaço. A dificuldade da trilha é média, então é preciso estar com um bom preparo físico para chegar e depois descer tudo de novo por mais 2h (4h de trilha no total).
Quando fomos, havia diversos cachorros grandes fazendo a trilha com seus donos. Inclusive, um vira-lata que vive por lá subindo e descendo. Nós precisamos levar a Lola (porque fizemos check-out do hotel) e ela amou – mas a levamos no colo pela maior parte da trilha porque ela é pequenina.
Deu tudo certo (mas não aconselho fazer o mesmo se tiver escolha)! Só não esqueça de vacinar e dar remédio de pulgas e etc para o seu cachorro antes de ir – para protegê-lo e também para proteger a natureza.
É preciso tomar muito cuidado ao chegar ao topo da Pedra Selada. Não existe nenhum tipo de proteção e o pico é rodeado por um imenso abismo. Porém, a vista é deslumbrante! São 360º de vista panorâmica do maciço de Itatiaia, que divide o Vale do Paraíba e o Vale do Rio Preto.
Quando chegar lá em cima, não esqueça de assinar o seu nome no caderninho que fica dentro de uma caixa de ferro preso à pedra. Para entrar na trilha, são R$ 10 por pessoa + R$ 7 para deixar o carro no estacionamento. Vale muito a pena o passeio!
Cachoeira do Escorrega | Maromba
Um dos grandes fortes da região são as lindas cachoeiras e poços. A cachoeira mais divertida é o Escorrega, que fica logo após a cidade de Maromba. Não é preciso pagar para entrar (apenas para estacionar) e não há trilha para a cachoeira. É só chegar e se divertir com quem estiver descendo a cachoeira sentado, de peito, em pé (tem de tudo), e criar coragem para ir lá também!
Vale muito a pena. O Caio foi de primeira, eu fiquei criando coragem (porque a água é geladíssima), mas valeu muito a pena ir também (a adrenalina não deixa vc sentir frio!). Depois, é impossível ir uma vez só. Perto da cachoeira, existem diversos restaurantes com música ao vivo bons para almoçar por lá (De preferência depois de escorregar, pra não passar mal!, rs!!).
Passeio pela cidade de Maringá
De noite, vale muito a pena dar uma volta por Maringá. A cidadezinha super charmosa tem restaurantes deliciosos e lojinhas, é uma boa pedida dar uma olhada no comércio local e aproveitar para tomar um chocolate quente nos cafés por ali!
Outra coisa muito interessante por lá é uma ponte que fica na fronteira de Minas Gerais com o Rio de Janeiro. Isso mesmo, você pode ficar atravessando de estado para estado! É uma brincadeira super legal para quem vai com criança ou quer dar umas boas risadas.
2º dia: o que fazer por lá
Vale do Alcantilado | Maringá
Se você gosta de cachoeiras, vale a pena colocar o Vale do Alcantilado em sua wishlist. Em uma trilha super bem sinalizada você se depara com NOVE cachoeiras (sim, paraíso!), poços, grutas, além da linda fauna e flora do lugar.
Até as 6 primeiras cachoeiras a trilha é super fácil (bom para ir com idosos e crianças). Depois dessa ponte aí, a subida fica íngreme para chegar nas outras e a dificuldade aumenta (mas as cachoeiras são, claro, as mais bonitas!).
Por ser uma propriedade particular, a entrada custa R$ 16 por pessoa. A mais alta cachoeira, com 50m de altura, é a que recebe o nome principal da trilha: a Cachoeira do Alcantilado. Porém, esta é uma das únicas cachoeiras (das nove que se encontram ao longo da trilha), onde não é possível tomar banho – apenas por uma ducha com a água da cachoeira.
Você vai gastar cerca de 1h30 de trilha – parando nas nove cachoeiras pelo caminho. Para voltar é rapidinho, coisa de 40 min. No total, são 3km de extensão de trilha. A gente não poderia falar tanto do Vale do Alcantilado, sem falar da vista do Parque.
Ao longo da trilha, existem alguns mirantes que permitem você admirar a beleza da região. Porém, depois da 5ª cachoeira (das nove da trilha), você encontra um mirante com vários banquinhos, para descansar, tomar um lanche e curtir essa vista incrível! Vale a pena a parada.
Cachoeira de Santa Clara | Maringá
Santa Clara é outra cachoeira que vale a visita. Ela fica em Maringá e são 40 metros de queda, com piscina para lavar a alma e se refrescar por lá.
Se você estiver com um 4×4, dá para estacionar quase no início da trilha para a cachoeira. Aí, é preciso descer 5 minutinhos em uma trilha curta. Caso esteja com outro tipo de carro, é preciso subir uns 300 metros até o início da trilha. Não é preciso pagar para entrar.
Parada em Penedo na volta
Penedo é uma cidadezinha que fica no município de Itatiaia, próxima ao parque ecológico de mesmo nome. O lugar foi uma colônia finlandesa no Brasil, o que faz com que seu cenário arquitetônico seja super diferente e legal de ser visto.
Penedo é famosa por ter a Casa do Papai Noel, assim como fábricas de chocolate deliciosas e passeios bem divertidos nelas. Vale a pena dar uma passada para conhecer o cenário tão pitoresco no meio da estrada!
Onde comer em Visconde de Mauá
Nós adoramos e indicamos muito o italiano Di Napoli, que fica na estrada a caminho da Pedra Selada, após a cidade de Visconde de Mauá. O atendimento e comida são excelentes (italiana de verdade!), por um ótimo custo-benefício.
O restaurante Rosmarinus é o mais chique – vulgo, mais caro – da região. Porém, não deixa nada a desejar na gastronomia. Pelo contrário. É preciso provar as tradicionais trutas de Mauá (criadas por lá mesmo!).
E você? Já sabe o que fazer em 2 dias em Visconde de Mauá agora? Comente aqui!
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4 respostas
Olá Caio / Virgina,
Qual vila vcs sugerme? marobma?
Vi que existe uma região chamada Cachoeiras do Alcantilado https://www.viscondedemaua.blog/melhores-cachoeiras-de-visconde-de-maua. Consigo chegar nelas sem carro 4×4? É seguro ir com crianças pequenas?