Trekking no Vale do Pati – Tudo o que você precisa saber

Há um ano, fiz o trekking pelo Vale do Pati e foi uma das aventuras mais marcantes que já vivi na Chapada Diamantina. A paisagem, os cânions e a sensação de estar em um lugar quase intocado me conquistaram.

Neste artigo, compartilho como foi minha experiência e tudo que você precisa saber para planejar sua viagem. Desde os melhores roteiros, até dicas práticas de preparação, quero ajudar você a se aventurar nesse paraíso com segurança e confiança.

O Vale do Pati é um daqueles destinos que ficam na memória, e quero que sua travessia seja tão especial quanto a minha. Vamos lá?

Também fiz o trekking pelos Lençóis Maranhenses e foi outra aventura surreal!

Como é o trekking no Vale do Pati

O trekking pelo Vale do Pati é uma experiência, que mistura aventura e conexão com a comunidade local. Você passa os dias caminhando por paisagens deslumbrantes e dorme em casas de moradores, em um modelo de turismo que valoriza quem vive ali.

É comum encontrar viajantes do mundo todo, especialmente europeus, que já descobriram esse cantinho especial da Chapada Diamantina.

Apesar de ser imerso em uma das regiões mais bonitas do Brasil, a trilha pelo Vale do Pati não exige preparo físico extremo. Elas têm desafios, mas são acessíveis para quem está acostumado a caminhar. O melhor é que, no fim do dia, você descansa em uma hospedagem simples, mas acolhedora, cercado pela natureza e pela simplicidade da vida local.

O que mais me marcou foram as paisagens: cachoeiras bizarramente incríveis, vales verdes e cânions que parecem cenários de filme. Mesmo sendo uma rota conhecida, o lugar ainda preserva um ar de descoberta, como se você estivesse explorando um segredo bem guardado da natureza.

A melhor época para fazer o trekking

O período ideal para o trekking pelo Vale do Pati é entre maio e setembro, quando o clima está seco e as trilhas ficam mais firmes. Eu fiz a viagem em abril, ainda no fim da estação chuvosa, e algumas partes estavam bem lamacentas.

Se puder escolher, prefira os meses de inverno, quando as temperaturas são mais amenas e o risco de chuva é baixo.

Alguns pontos importantes para cada época:

• Maio a setembro (seca): Trilhas secas, dias frescos e paisagens verdes – o cenário perfeito para caminhadas longas.
• Novembro a abril (chuvas): Cachoeiras cheias, mas trilhas escorregadias e alguns trechos podem ficar alagados.
• Entre Carnaval e Páscoa: Um espetáculo à parte, com o Vale coberto pelas flores roxas das quaresmeiras.

Se quer ver o Cachoeirão com água, evite os meses mais secos, como agosto e setembro. Mas se prioriza conforto na trilha, o inverno é a melhor aposta. Cada época tem seu charme, basta planejar com o que mais combina com seu estilo.

Como se preparar para o trekking na Chapada Diamantina

O trekking pelo Vale do Pati não exige preparo de atleta, mas demanda alguns cuidados para que a aventura seja confortável e segura.

As trilhas têm trechos variados, com subidas, descidas e algumas passagens próximas a rios, então um bom condicionamento físico ajuda bastante. Se você já está acostumado a caminhadas de média distância, vai se adaptar bem ao ritmo.

O terreno na Chapada Diamantina muda constantemente, e é bom estar preparado para cada situação:

• Trilhas secas: Mais firmes e fáceis de percorrer na estação seca
• Trechos úmidos: Podem ficar escorregadios, principalmente perto de cachoeiras
• Subidas e descidas: Algumas exigem atenção, mas nada extremamente técnico

Para aproveitar ao máximo o trekking pelo Vale do Pati, o equipamento certo faz toda diferença. Na minha experiência, esses itens foram essenciais:

• Calçado: Tênis ou bota de trekking com boa aderência e conforto para longas caminhadas (inclusive, fui a única do meu grupo que não levou um escorregão, por estar com o sapato correto)
• Hidratação: Mochila com bolsa de água ou garrafa de pelo menos 2L
• Proteção solar: Chapéu, óculos e protetor solar, já que o sol na Chapada pode ser intenso

Não esqueça de levar uma capa de chuva leve, mesmo na estação seca, e uma lanterna para os momentos em que anoitece mais cedo.

A mochila ideal tem entre 20L e 30L, com espaço para lanches rápidos e um casaco leve para as noites mais frescas. Com esses preparos, você consegue focar no que realmente importa: a paisagem incrível do Vale do Pati.

Recomendo ler qual é o melhor calçado para trilhas, para ficar mais bem preparado. 

Roteiros de trekking

O trekking pelo Vale do Pati oferece diferentes opções de roteiros, desde três dias até travessias mais completas de oito dias. Cada trajeto revela paisagens da Chapada Diamantina, com direito a cachoeiras e noites em hospedagens comunitárias.

Vou mostrar os principais percursos para explorar o Vale do Pati, com distâncias, pontos estratégicos e detalhes que só quem já caminhou por ali conhece. Também conto qual roteiro escolhi na minha viagem, para ajudar você a decidir qual combina melhor com seu ritmo e tempo disponível.

Chapada Incrível

O trekking pelo Vale do Pati que escolhi foi o roteiro “Chapada Incrível“, uma imersão de oito dias que combina as melhores paisagens da região.

Esse roteiro começa em Lençóis e termina no vilarejo de Guiné, passando por cachoeiras e noites em casas de moradores locais.

1 dia: Chegada em Lençóis

• Traslado do aeroporto ou rodoviária
• Noite livre para explorar o centro histórico
• Pousada Pouso da Trilha

2 dia: Cachoeira do Mosquito

• Trilha leve de 1h até a queda d’água
• Banho refrescante no cânion
• Retorno a Lençóis para jantar

3 dia: Grutas e Morro do Pai Inácio

• Visita à Gruta da Lapa Doce (850m de caverna)
• Banho na Gruta Pratinha
• Pôr do sol no Morro do Pai Inácio

4 dia: Primeiro dia no Vale do Pati

• Subida desafiadora pelo Aleixo (1h)
• Mirante dos Gerais do Rio Preto
• Noite em casa de nativos

5 dia: Trilha das Cachoeiras

• Cachoeira da Altina
• Poço dos Funis
• Cachoeira das Bananeiras

6 dia: Morro do Castelo

• Subida íngreme de 1h30
• Gruta silenciosa no caminho
• Vista panorâmica do topo

7 dia: Cachoeirão e retorno

• Trekking até a Fenda da Prefeitura
• Vista do Cachoeirão (280m de altura)
• Retorno a Guiné

8 dia: Volta para Lençóis

• Traslado para aeroporto/rodoviária

Outros roteiros pelo Vale do Pati

Além da expedição completa do Chapada Incrível, existem opções mais curtas de trekking pelo Vale do Pati para quem tem menos tempo disponível.

Esses roteiros alternativos mantêm a essência da experiência, com paisagens impressionantes e hospedagem comunitária, mas em versões concentradas de 3 a 5 dias.

3 dias no Vale do Pati

Para quem tem pouco tempo mas não quer perder a essência do trekking pelo Vale do Pati, essa versão em três dias mostra o melhor da região. É ideal para quem busca uma expedição mais curta, mas com todas as paisagens marcantes da Chapada Diamantina.

1 dia: Lençóis → Casa dos Nativos

• Traslado até Guiné e início da caminhada
• Subida desafiadora pelo Aleixo (1h)
• Mirante do Pati e Gerais do Rio Preto
• Banho nas Cachoeiras da Altina e Funis
• Pernoite em casa comunitária

2 dia: Morro do Castelo

• Subida íngreme de 1h30 até o mirante
• Visita à gruta silenciosa no caminho
• Vista panorâmica de 360 graus
• Retorno para descanso na hospedagem

3 dia: Cachoeirão → Retorno

• Trekking até a Fenda da Prefeitura
• Vista do Cachoeirão (280m de altura)
• Caminhada final até Guiné (18km)
• Traslado de volta para Lençóis

4 dias no Vale do Pati

Para quem quer aproveitar o trekking pelo Vale do Pati com mais calma, tem a versão de 4 dias. 

1 dia: Chegada ao coração do Vale

• Traslado de Lençóis para Guiné
• Subida pelo Aleixo (1h) e vista dos Gerais do Rio Preto
• Primeiro contato com a comunidade local
• Caminhada total: 8km

2 dia: Trilha das Cachoeiras

• Visita à Cachoeira da Altina
• Banho revigorante no Poço dos Funis
• Exploração da Cachoeira das Bananeiras
• Noite de histórias com os moradores

3 dia: Conquista do Morro do Castelo

• Subida desafiadora de 1h30 até o mirante
• Passagem por gruta com 150m de extensão
• Vista panorâmica de tirar o fôlego
• Retorno tranquilo para descanso

4 dia: Despedida com chave de ouro

• Trekking até o Cachoeirão (280m de altura)
• Vista da Fenda da Prefeitura
• Caminhada final de 18km até Guiné
• Retorno para Lençóis

5 dias no Vale do Pati

Para quem quer viver o trekking pelo Vale do Pati num ritmo mais raiz, o roteiro de 5 dias é a escolha.

1 dia: Primeiros passos no Vale

• Traslado de Lençóis para Guiné
• Subida pelo Aleixo e vista dos Gerais do Rio Preto
• Chegada à casa dos nativos e acolhimento comunitário
• Caminhada: 8km

2 dia: Tríplice de cachoeiras

• Banhos na Cachoeira da Altina
• Mergulho no Poço dos Funis
• Visita à Cachoeira das Bananeiras
• Noite de histórias com moradores locais

3 dia: Conquista do Morro do Castelo

• Subida desafiadora até o mirante (1h30)
• Passagem pela gruta silenciosa de 150m
• Vista panorâmica de 360 graus
• Retorno para descanso merecido

4 dia: Dia de relaxamento

• Descanso na casa dos nativos
• Banho revigorante no Poço das Árvores
• Tempo para conversas e histórias locais
• Caminhada leve: 6km

5 dia: Despedida espetacular

• Trekking até o Cachoeirão (280m)
• Vista da Fenda da Prefeitura
• Caminhada final de 18km até Guiné
• Retorno para Lençóis

Com quem fazer o trekking no Vale do Pati

Para minha aventura no Vale do Pati, escolhi a Lugarejos, uma empresa que já me levou em experiências incríveis pela Chapada Diamantina e Lençóis Maranhenses.

O que mais valorizo neles é a conexão que criam com as comunidades locais – você não é só um visitante, mas parte temporária daquela realidade.

A Lugarejos tem um cuidado especial com o impacto ambiental e social do trekking pelo Vale do Pati. Cada detalhe é pensado para que a experiência seja rica culturalmente e sustentável.

Se quiser viver essa aventura com eles, leitores VIVAOMUNDO têm 5% de desconto – basta mencionar que chegou pelo blog ao fazer sua reserva.

O que as expedições incluem

Quando reservei meu trekking pelo Vale do Pati com a Lugarejos, optei por um pacote completo que me permitiu focar apenas na experiência, sem preocupações logísticas.

A agência cuidou de todos os detalhes para que eu pudesse aproveitar cada momento.

O que está incluso:

• Guias especializados e credenciados que conhecem cada trilha do Vale do Pati
• Hospedagem em casas de nativos durante os dias de caminhada
• Refeições caseiras preparadas pelas famílias locais
• Todos os traslados necessários entre os pontos do roteiro
• Passeios para atrações como cachoeiras e mirantes
• Seguro viagem para maior tranquilidade

O que fica por sua conta:

• Passagens até Lençóis
• Despesas pessoais e compras extras
• Equipamentos individuais como mochila e calçados
• Refeições não mencionadas no itinerário

Quanto custa o trekking no Vale do Pati

O valor do trekking pelo Vale do Pati varia conforme a duração do roteiro e o tamanho do grupo. No site da Lugarejos você encontra as opções disponíveis, mas recomendo conversar diretamente com um especialista para um orçamento personalizado.

A agência oferece condições flexíveis para facilitar seu planejamento:

• Parcelamento no cartão de crédito
• Opção de pagamento à vista com desconto
• 5% de desconto para leitores VIVAOMUNDO (só mencionar que é leitor do blog na reserva)

Leia também:

• Trekking nos Lençóis Maranhenses
• Melhores roupas para fazer trilhas
• Trekking ao acampamento base do Everest
• Melhores calçados para trilhas

Perguntas frequentes: